Viajar para os Estados Unidos é um sonho de muitos brasileiros. Tem os que buscam oportunidade para morar e tentar uma vida melhor economicamente, mas a maioria deseja apenas fazer turismo, passear por cidades americanas e conhecer pontos turísticos mundialmente famosos. Qualquer que seja o objetivo há sempre o receio de ser barrado na imigração. Isso pode acontecer, se o viajante der motivos.
Dificilmente alguém que esteja viajando legalmente e cumprindo todas as regras estabelecidas pelo governo americano vai ser impedido de entrar nos Estados Unidos. Os oficiais de imigração que trabalham nos aeroportos são experientes e sabem detectar quem está tentando entrar irregularmente no país.
Na chegada, as perguntas são basicamente as mesmas para todos os viajantes: Qual o propósito da viagem? Para qual lugar vai? De onde está vindo? Onde vai se hospedar? Quantos dias vai ficar nos Estados Unidos? Quanto dinheiro tem, se possui cartão de crédito e se já tem passagem aérea comprada para o retorno. Não ter respostas para essas perguntas pode ser o primeiro passo para ser levado para a temida “Salinha”, lugar onde reservadamente os oficiais vão querer entender melhor o motivo da viagem e confirmar todas as informações para saber se o viajante está falando a verdade.
Antes de viajar para os Estados Unidos tem o pedido do visto americano. Como sabemos, a triagem para saber quem está apto a entrar ou não nos Estados Unidos começa muito antes, no pedido do Visto Americano. Esse processo já é uma espécie de seleção, pois não é todo mundo que tem o visto autorizado.
Algumas pessoas têm visto negado porque têm antecedentes criminais, já cometeram um ato criminal, têm uma história ilegal antes nos Estados Unidos ou cometeram alguma fraude”, disse Robin Busse, chefe do setor de vistos do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo. “Mas a maioria dos brasileiros viaja sem problemas, curte e isso é excelente para o Brasil e para os EUA, pois fortalece o vínculo”, afirmou Busse.
Além desses problemas de fraudes ou atos criminais, outras questões podem complicar a aprovação do visto, como não justificar o motivo da viagem, mentir na entrevista, não comprovar renda para a viagem, entre outros motivos.
Imagina a seguinte situação: você conseguiu o visto americano, comprou a passagem aérea, reservou hotel e planejou todos os passeios para a sua viagem, mas chegando nos Estados Unidos acabou sendo barrado. Se isso acontecer, pode ter certeza que os fiscais da imigração detectaram algo errado. E, ter a entrada negada nos EUA, não é algo tão incomum.
Acontece com regularidade, não vou mentir. Mas a maioria dos casos é porque a pessoa fez algo ilegal antes nos Estados Unidos com o visto de turismo, como trabalhar ilegalmente”, explica Busse. “Uma deportação pode acontecer se a pessoa já tem uma exclusão que escondeu. Ou o exemplo típico: o brasileiro chega no aeroporto, já tinha estado anteriormente no país e o inspetor de imigração detectou que ele trabalhou ilegalmente com visto de turista. Aí não pode deixar entrar”, ressaltou o chefe do setor de vistos do Consulado americano.
Todo o processo acontece na entrevista da imigração, que ocorre após os passageiros descerem do avião e antes de buscar as malas despachadas. É onde os viajantes precisam apresentar o passaporte e o visto americano, além de responder às perguntas dos oficiais. É fundamental ter calma, responder às questões com paciência e falar a verdade.
Dificilmente o oficial vai encrencar com o viajante, a não ser que ele dê motivos para isso. E não mentir já é uma grande vantagem neste momento. Veja abaixo oito motivos listados pelo site Melhores Destinos, especializado em promoções de pacotes e passagem aérea, que podem barrar a entrada nos Estados Unidos:
- Ter estado irregularmente antes nos Estados Unidos– Um dos principais motivos que podem barrar a entrada de alguém nos Estados Unidos é ele ter estado antes no país de forma irregular. Por exemplo: ter entrado anteriormente com um visto de turista e ter ficado um ano trabalhando. Com certeza o pessoal da imigração tem isso documentado e quando a pessoa quiser um dia retornar aos EUA vai ter de se explicar bem para não ter a entrada negada.
- Entrar com o visto errado – Uma outra questão que pode complicar bastante a vida do viajante é estar com o visto errado. Ao passar pela imigração, uma das perguntas feitas será o propósito da viagem. E quem vai estudar, por exemplo, precisa do visto específico deestudante. Assim como quem vai para trabalhar não pode entrar com o visto de turismo. Esse também é um fator determinante a decidir se a pessoa vai se liberada ou ter a entrada negada. É bom se informar sobre os tipos de vistos.
- Não comprovar o motivo da viagem ou como vai se sustentar durante os dias de permanência nos EUA – Assim como vimos no tópico anterior, explicar certinho o motivo da viagem é fundamental para não passar sufoco durante a entrevista de imigração. Se está indo para a Disney, por exemplo, seja específico e diga que vai passar uns dias passeando no parque. E toda a história deve se sustentar. Ou seja, se vai passar 10 dias na Disney, é preciso ter dinheiro para bancar a viagem.
- Não ter hospedagem e a passagem de volta garantida– Assim como é essencial comprovar que tem dinheiro para se sustentar nos Estados Unidos durante o tempo da viagem, também é fundamental comprovar onde vai ficar e que já está com o retorno para o Brasil marcado. Uma das perguntas de praxe do oficial de imigração é justamente onde o turista vai ficar durante o seu período de férias, por exemplo. E ter a reserva do hotel para mostrar é mais do que essencial – muitas vezes basta apenas dizer onde ficará hospedado, mas não custa nada ter tudo comprovado.
- Mentir na imigração– Parece óbvio, mas é sempre bom reforçar: nunca, em hipótese alguma, minta durante a entrevista de imigração. Se vai ficar hospedado na casa de amigos ou de algum parente distante, fale a verdade! Se pretende visitar mais do que uma cidade e for questionado onde vai estar nos Estados Unidos, liste todos os lugares. Se o oficial desconfiar que você está mentido, são grandes as chances de que a entrevista se prolongue e mais explicações você vai ter de dar.
- Não estar com toda a documentação necessária– Passaporte e visto são os documentos principais e que sem eles você nem começa a viagem, mas lembre-se que outros documentos podem ser exigidos ao entrar nos Estados Unidos. Alguns países (principalmente na Europa) exigem seguro viagem ou a carteira de vacinação (contra a febre amarela, por exemplo), mas para os EUA eles não são obrigatórios (apesar que é altamente recomendado viajar para lá com o seguro). No entanto, é bom estar em mãos com outros comprovantes que já citamos anteriormente, como a reserva de hotel e a passagem de volta.
- Estar com itens e produtos ilegais na bagagem– Drogas, armas e animais silvestres. Você já sabe que não pode levar nada disso na bagagem, mas não custa reforçar. Quem se arrisca e leva algo que não devia sem alguma autorização oficial está correndo um tremendo risco de ser deportado.
8. Causar nas redes sociais – Acredite: tudo o que você posta ou faz nas redes sociais está sendo monitorado. Como explicar para o oficial da imigração que você não está tentando entrar ilegalmente no país se nos últimos meses você participava ativamente de grupos denominados ‘Imigração brasileira nos EUA’ ou ‘Como trabalhar ilegalmente na América’? Ou que você incentiva a violência ou defende atos terroristas em suas redes? Se isso for detectado, é um motivo plausível para que as autoridades barrem sua entrada no país. Outra coisa a ser evitada é causar tumulto durante o voo ou mesmo na fila de imigração. Ter um mau comportamento pode (e vai) jogar contra o viajante.